Com a isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, os hábitos de consumo e lazer dos brasileiros estão mudando radicalmente. Muitos setores vêm sofrendo queda no faturamento por não se enquadrarem em itens essenciais. Porém, estudos mostram que o setor de supermercados e farmácias vem crescendo em meio à essa crise.


A Cielo, através dos dados das compras realizadas em débito e crédito, produziu um relatório analisando o impacto deste isolamento social por conta crise do Covid-19 nos hábitos de compras dos consumidores, comparando o período de 01/mar/20 a 07/abr/20 com dias equivalentes de fev/20, conforme gráfico abaixo:

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Fonte: Cielo | ICVA – Índice Cielo do Varejo Ampliado

 


De acordo com a análise da pesquisa, os supermercados e drogarias, por estarem enquadrados nos itens essenciais, foram os subsetores do varejo que mais faturaram com crise e que apresentaram resultado positivo, dentro do período demonstrado.

Dessa forma, diante da restrição de acesso a locais e deslocamento apenas para primeiras necessidades, supermercados que dispõem de galerias comerciais com drogarias e restaurantes tendem a oferecer uma maior comodidade e segurança aos clientes.

A Deloitte, multinacional que oferece serviços em auditoria, consultoria e assessoria financeira, também vem realizando pesquisas em meio à crise desta pandemia. E de acordo com estudos e previsão demonstrada no gráfico abaixo, ainda após o fim do isolamento social, os setores de primeira necessidade tendem a se permanecer mais resilientes.


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Fonte: Delloite



Para a proteção e diminuição da contaminação do vírus, existe uma orientação para que as pessoas evitem locais com um grande fluxo que não sejam de primeiras necessidades. Assim, lojistas (drogarias, farmácias e restaurantes) que estejam operando dentro de galerias comerciais em supermercados tendem a se beneficiar por estarem presentes nesses espaços que são essenciais para a população.

Comparando valores de investimentos para se operar em lojas de shopping centers a galerias comerciais de supermercados, e diante desse novo cenário, marcas e investidores devem estar atentos ao reposicionamento e direcionamento diante da crise e dos novos hábitos de consumo.

Assim, a oportunidade de locar e operar em lojas semiprontas nos segmentos de drogaria e restaurante em galerias de supermercados e poder atuar em meio à crise em um ambiente que une os serviços básicos, tende a ser um diferencial competitivo para lojistas desses segmentos. Marcas que se anteciparem para estarem presentes nestes ambientes sentirão a mitigação de riscos em uma área com fluxo já permanente.

Esse fluxo tende a aumentar após a retomada do consumo de itens não essenciais após a diminuição da crise. Porém, a preferência do consumidor deverá ser dentro dos supermercados, uma vez que ele estará mais cauteloso em relação à saída para as compras. Setores como vestuário, alimentação e perfumaria que estiverem presentes e operando nessas galerias comerciais após a retomada, terão uma vantagem em relação à essa localização.

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