Provavelmente ainda é cedo para afirmar que a vida já está voltando ao normal. Não sabemos ainda quando voltaremos aos estádios, aos shows ao vivo, ao teatro ou ao cinema. Na verdade, nem sabemos exatamente o que será “normal” daqui para frente, mas pelo menos no comércio já temos regiões reabertas há algumas semanas e outras reabrindo agora.
Até o momento tem ocorrido mais ou menos o que era esperado: nos primeiros dias há um fluxo maior, afinal muita gente não via a hora de voltar a alguns hábitos de consumo e de mobilidade. Logo depois vem um movimento menor do que a média histórica, mas com tendência de crescimento gradual à medida em que os dias passam e a confiança é retomada.
Aqui vale ressaltar que, em sua grande maioria, os shoppings se prepararam muito bem para essa reabertura e fizeram grandes investimentos para receber os consumidores de volta, dentro de uma realidade sanitária com mais exigências. Não têm faltado esforços na capacitação das pessoas, na adoção de novos processos de controle de fluxo e na aquisição de equipamentos e materiais necessários para garantir conforto e segurança aos clientes.
Os funcionários dos shoppings e das lojas têm sido alvo de um forte trabalho de conscientização e treinamento, estando em condições de lidar com o público e orientá-lo da melhor forma enquanto estiverem circulando pelos corredores e áreas internas.
O fluxo é bem direcionado desde a chegada do consumidor. Há uma forte preocupação com a sinalização e com a quantidade de pessoas por metro quadrado, sempre respeitando as distâncias mínimas. Alguns shoppings adotaram inclusive faixas semelhantes às de trânsito, que separam os clientes de acordo com a direção seguida, evitando “colisões” e cruzamentos desnecessários entre pessoas. O trabalho de orientação também é reforçado pelos meios de comunicação convencionais e pelas redes sociais.
A preocupação com a higienização é muito grande. Além do cuidado já existente com a limpeza, tem havido um expressivo investimento adicional em novos equipamentos, utensílios e produtos para sanitização, de forma que os clientes e os funcionários possam ter à disposição uma forma de desinfecção fácil e rápida das mãos e até das sacolas transportadas.
A segurança será maior à medida em que todos os envolvidos – os próprios empreendimentos, seus lojistas, funcionários e, claro, os clientes – façam sua parte da melhor maneira, utilizando máscaras e respeitando os protocolos de higiene e distanciamento social, mas poucos segmentos investiram e se prepararam tanto como os shoppings para receber o grande público a partir da nova realidade imposta pela pandemia, e isso é uma ótima notícia…
Fabricio Delmondes é Diretor de Varejo da reczero.
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