As mudanças em nossos hábitos sociais durante a pandemia já começam a influenciar os espaços comerciais de forma mais concreta. Supermercados já trazem sinalizações para o distanciamento nas filas e barreiras de acrílico nos caixas. No mundo já se desenvolvem adequações nos restaurantes, com mesas mais distantes ou separadas por divisórias.

 

São ajustes necessários, mas ainda com caráter de adequação ao que já existe. A grande questão é como os novos projetos arquitetônicos de varejo atenderão ao novo nível de expectativa dos clientes, aliando soluções sanitárias ao apelo comercial, mantendo ainda os patamares de faturamento.

 

Projetos com ventilação e iluminação naturais passam a ser tendência, sobretudo em estabelecimentos fora de shoppings. Em regiões de clima quente, o sistema de refrigeração deverá contemplar a renovação constante do ar.

 

O mobiliário deve passar por uma revisão de materiais. A arquiteta Barbara Poças, especialista em projetos comerciais, acredita que as lojas adotarão móveis com superfícies lisas, de fácil higienização. Estruturas irregulares com texturas, treliças e similares devem perder espaço.

 

Torneiras com acionamento por pedal deverão se tornar muito comuns, assim como lixeiras. Algumas lojas poderão oferecer uma espécie de antessala, para que clientes deixem sapatos e tenham à disposição produtos de descontaminação ao entrar.

 

O grande desafio do varejo será oferecer ambientes que permitam distâncias seguras entre os clientes e ao mesmo tempo garantir que as lojas tenham capacidade operacional de manter os volumes de faturamento diante da nova realidade. E com custos de ocupação viáveis, mas isso já seria tema para uma outra discussão…

 

Fabricio Delmondes é Diretor de Varejo da reczero.



Fique por dentro das nossas redes: